Campanha Novembro Azul Sindconfecções/RN lança novo site Trabalhadores nos 70 anos do Sindconfecções/RN Sindconfecções/RN no 2º Conselho Nacional da CTB Convênio com plano odontológico
Home » , » Mais de 1,5 milhão ocupam as ruas no 1º de Maio Unificado das Centrais

Mais de 1,5 milhão ocupam as ruas no 1º de Maio Unificado das Centrais

Written By Unknown on domingo, 1 de maio de 2011 | 14:25

Os trabalhadores, que vieram de diversas regiões da cidade de São Paulo, ocuparam a Avenida Marquês de S. Vicente para receber a homenagem oferecida pelas centrais CTB, CGTB, Força Sindical, NCST, à classe trabalhadora no Dia 1° de Maio.
Os trabalhadores enfeitaram a festa com camisetas, bonés e bandeiras de sindicatos de centrais e entidades dos movimentos sociais como UNE, MST, UBM, entre outras.

df_1_maio_2011_sp
Dia de reflexão
O ato, entrecortado por shows e falas políticas, chamou a atenção do público para as principais reivindicações da classe trabalhadora. Redução da jornada sem redução de salários; valorização do salário mínimo; fim do fator previdenciário e valorização das aposentadorias; Trabalho Decente; Igualdade entre homens e mulheres; valorização do serviço público e do servidor público; reforma agrária; educação e qualificação profissional e redução da taxa de juros, foram as bandeiras defendidas durante o ato.
Em suas intervenções, mais uma vez, os sindicalistas reforçaram a importância da participação e mobilização da população para o país continuar avançando através da implantação de um projeto de desenvolvimento com a valorização do trabalho, emprego e distribuição de renda. Algo prioritário para a distribuição de riquezas deste país.
JLC_0214

Hora de dividir o “bolo”
Abrindo as falas dos presidentes das centrais, Wagner Gomes, presidente da CTB, defendeu as bandeiras escolhidas para o 1º de Maio deste ano e sua importância para a melhora das condições de vida dos trabalhadores.
“Preparamos esse eventos para prestar uma grande homenagem ao trabalhador. Hoje é dia de comemorar, mas também é dia de reivindicar. De fazermos uma reflexão. A luta dos trabalhadores não é só pelas 40 horas semanais — mas também pela concretização de um novo projeto nacional de desenvolvimento, com soberania, fortalecimento da nação e valorização do trabalho. Esperamos o bolo crescer. Agora que ele cresceu está na hora de repartir. Não podemos ter um país rico e um povo pobre”, destacou Gomes.

IMG_7082

Emprego e renda
Para ele, este será um ano decisivo para a classe trabalhadora, quando, mais uma vez, entram na pauta as discussões sobre a redução da jornada, o fim do fator previdenciário, a valorização do trabalho, a criação de novos empregos, entre outras. “A cada ano entram no 1,5 milhão de novos trabalhadores no mercado. Portanto precisamos de mais empregos. O país pede a criação de novos empregos. E uma das medidas capaz de promover esse aumento da oferta é a redução da jornada de trabalho”, refletiu o presidente da CTB.
Opinião compartilhada pelos demais presidentes das centrais. “Precisamos da redução da jornada para gerar mais empregos e implantar o trabalho decente, com o combate à precarização das condições de trabalho”, destacou José Calixto, presidente da Nova Central, que lembrou também dos problemas enfrentados pelos trabalhadores rurais, que esperam há anos pela Reforma Agrária.
“Hoje dia de protesto. Viemos aqui para dizermos que queremos mais e para mostrar que unidos somos fortes e que podemos conquistar mais emprego, salário. Aqui estão as centrais que lutam pelos trabalhadores. Por mais emprego, saúde, educação. Vamos combater essa política equivocada de juros altos que só prejudica e corrói o salário do trabalhador, privilegiando os grandes banqueiros", destacou Antonio Neto, presidente da CGTB.
Ricardo Patah, presidente da UGT, elogiou a presidente Dilma, mas criticou a distribuição de renda.
IMG_7135
Ausência
Após as falas dos presidentes das centrais, foi colocada em votação, pelo presidente da Força Paulo Pereira, o Paulinho, a Agenda da Classe Trabalhadores, documento unitário das centrais, aclamado durante a 2ª Conclat.  Paulinho explicou aos trabalhadores a importância da unidade das centrais e cada item das bandeiras de lutas.
Ao final, justificando a ausência da presidenta Dilma Rousseff, o ministro Gilberto Carvalho, da secretaria-geral da Presidência da República, leu uma mensagem enviada pela presidenta aos trabalhadores. “Em meu governo continuamos a ampliar as oportunidades de trabalho e a reduzir ainda mais as taxas de desemprego”, declarou a 1ª mandatária.
O evento contou ainda com a participação do ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, de parlamentares e representantes do governo do Estado.
José Ortiz, dirigente da Federação Sindical Mundial (FSM), em visita ao Brasil especialmente para a comemoração destacou a importância do ato que reflete a unidade das centrais. “Esse ato mostra a importância da unidade dos trabalhadores e mostra também que não existe outra solução para os trabalhadores avançar, que não seja a partir da luta de classes”, afirmou.
Após os discursos políticos o evento prosseguiu com apresentações musicais, que fizeram a alegria do público presente e ofereceram ao trabalhador e trabalhadora presente um momento de lazer e descontração. O show que começou por volta das 7h, se estendeu até o início da tarde.
Confira abaixo o documento envido pela presidenta: 
Aos trabalhadores e trabalhadoras no 1º de Maio
Companheiros e companheiras, nesta data, que se transformou no símbolo da luta pela dignidade do trabalho em todo o mundo, quero revelar o compromisso do meu governo com a contínua melhoria de vida dos trabalhadores. Com o respaldo do Congresso, estabeleci uma política de reajuste que instituiu regras de longo prazo de valorização do salário mínimo. Não permitirei, sob nenhuma hipótese, que a inflação volte a corroer o poder aquisitivo dos nossos trabalhadores. Nos últimos 8 anos o governo do presidente Lula promoveu a maior política de empregos já vista neste país. Foram criados 15 milhões de postos de trabalho com carteira assinada. Em meu governo lutaremos para ampliar as oportunidades de trabalho e reduzir a taxa de desemprego. O Brasil necessita cada vez mais de trabalhadores qualificados. Foi por isso que lancei na última quinta-feira o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego, o Pronatec. Este programa vai permitir que o Brasil transforme completamente a escala e a qualidade da formação profissional dos jovens trabalhadores. Até 2014, o Pronatec vai gerar 8 milhões de novas oportunidades de formação profissional tanto para jovens como para trabalhadores ativos. Valorizo o diálogo entre governo e trabalhadores, porque esse diálogo permite a discussão conjunta do futuro que queremos para o Brasil. Vamos continuar a construir junto um país democrático, em que os movimentos sociais influam sob a evolução das políticas públicas. Um país realmente desenvolvido, sem miséria, com oportunidades iguais para todos.
Dilma Rousseff
Presidenta da República Federativa do Brasil

Cinthia Ribas - Portal CTB
Fonte: CTB

0 comentários:

Postar um comentário

Mais notícias