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Luta para reduzir mortes no trabalho

Written By Unknown on terça-feira, 30 de abril de 2013 | 15:47

Homem leva choque e fica agarrado a transformador, em Parnamirim. Explosão em caldeira de beneficiamento de castanha deixa um morto e três feridos na Serra do Mel. Cozinheira morre eletrocutada ao lavar piso de hotel em Pirangi. Borracheiro não resiste a ferimentos provocados pela explosão de um pneu e morre em Natal.

São alguns dos trabalhadores do Rio Grande do Norte que viraram tristes manchetes nos jornais locais, somente no último ano, vítimas de acidentes de trabalho.

Na segunda-feira, 29 de abril, o sindicato participou de palestras no Instituto Federal do RN (IFRN) e na Federação das Indústrias do Estado (FIERN) para marcar o Dia Mundial em Memória das Vítimas de Doenças e Acidentes de Trabalho, lembrado em 28 de abril.

 “O Ministério Público do Trabalho quer evitar que manchetes como essas voltem a estampar nossos jornais”, destaca a procuradora regional do Trabalho Ileana Neiva, que é titular da Coordenadoria Regional em Defesa do Meio Ambiente de Trabalho.

 “Além dos acidentes, é preciso prevenir as inúmeras enfermidades relacionadas ao trabalho, que também fazem vítimas no território potiguar”, alerta a procuradora, chamando atenção para um recente relatório da Organização Internacional do Trabalho, que aponta as doenças profissionais como as principais causas das mortes relacionadas ao trabalho, contabilizando mais de 2 milhões de vítimas fatais no mundo inteiro, de um total de 2,34 milhões de mortes que decorrem do trabalho anualmente. Segundo o relatório, a cada 15 segundos, um trabalhador morre de acidentes ou doenças provocadas pelo trabalho.

Esse ano, o Programa da OIT sobre Segurança e Saúde no Trabalho e Meio Ambiente faz um apelo aos governos, organizações de empregadores e de trabalhadores para colaborar no desenvolvimento e na implantação de políticas e estratégias nacionais destinadas a prevenir as enfermidades profissionais.

“Garantir a saúde e segurança dos trabalhadores é dever de todos nós,” ressalta a procuradora. Para ela, “é de extrema relevância uma atuação articulada para criar mecanismos eficazes de prevenção, não somente dos acidentes, mas também das enfermidades decorrentes do trabalho, que geram prejuízos irreparáveis aos trabalhadores, à seguridade social e, por consequência, à toda a sociedade,” conclui.

Eventos com participação e apoio do Sindconfecções/RN -

No auditório do Campus Central do IFRN teve ainda como palestrantes o auditor fiscal do Trabalho Moizez Martins Júnior e o professor Edwar Abreu Gonçalves. Dentre os temas, serão abordados a Saúde e Segurança do Trabalho, Metas de Produtividade, Estresse Ocupacional e Periculosidade.

Na oportunidade, a procuradora falou a respeito das possíveis intervenções para prevenir o adoecimento nos setores têxtil, supermercadista e de teleatendimento. Para participar, basta levar uma lata de leite em pó, que será doada a uma instituição de caridade.

Pela noite, aconteceu no auditório Albano Franco, da FIERN, evento promovido pelo Centro Estadual de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest/RN), também alusivo ao Dia Mundial em Memória das Vítimas de Doenças e Acidentes de Trabalho.

Nesse evento, a palestra da procuradora regional do Trabalho Ileana Neiva será sobre “Absenteísmo e Transtorno Mental” e sua relação com o ambiente de trabalho e a saúde dos trabalhadores.

Dados do Relatório da OIT:

2,02 milhões de pessoas morrem a cada ano devido a enfermidades relacionadas com o trabalho.

321.000 pessoas morrem a cada ano como consequência de acidentes no trabalho.

160 milhões de pessoas sofrem de doenças não letais relacionadas com o trabalho.

317 milhões de acidentes laborais não mortais ocorrem a cada ano.



Isto significa que:

A cada 15 segundos, um trabalhador morre de acidentes ou doenças relacionadas com o trabalho.

A cada 15 segundos, 115 trabalhadores sofrem um acidente laboral.

Os países em desenvolvimento pagam um preço especialmente alto em mortes e lesões, pois um grande número de pessoas está empregada em atividades perigosas como a agricultura, a construção civil, a pesca e a mineração.

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