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Sindconfecções comemora 65 anos de atuação e chama a categoria para a reflexão

Written By Unknown on quarta-feira, 1 de setembro de 2010 | 16:02

O Sindconfecções, sindicato que atende costureiras e alfaiates no Rio Grande do Norte, realizará no próximo domingo, 5, uma festa em comemoração pelos 35 anos de fundação da entidade. O evento, realizado na data em que se comemora o Dia do Alfaiate, apesar do caráter festivo, busca incitar na categoria um momento de reflexão para todas as melhorias já conquistadas e por tudo que ainda é preciso lutar. Apesar de ser uma das profissões mais antigas do mundo e de ter enfrentado a crise sem grandes demissões, a categoria ainda sofre com assédio moral, perseguições, salários baixos, contratações informais e condições de trabalho não tão boas, a festa acontecerá no Kintal II, na Estrada da Redinha, Zona Norte  de Natal.

O Rio Grande do Norte já é um dos pólos do setor no Brasil e detém 2,46% do PIB têxtil brasileiro, mas para a presidente do sindicato, Maria dos Navegantes Santos, ainda há muito o que avançar no reconhecimento dos trabalhadores. O salário base hoje é de R$ 516,00 por 8 horas de trabalho – pouco mais do que o salário mínimo. Além disso, a categoria ainda sofre um problema sério de assédio moral. Maria explicou que este é um problema comum. “Os empresários impõem metas absurdas, e alguns supervisores ou encarregados pela produção acabam pressionando as costureiras de várias maneiras, às vezes com palavras que denigrem a imagem do trabalhador. Para tentar solucionar esta questão, talvez a mais grave delas, o Sindconfecções trabalha em conjunto com o Ministério Público na fiscalização e autuação dos casos.

Outra bandeira levantada pelo sindicato é a conquista de melhores salários. “Em um ano, conseguimos um reajuste de 9,78%” afirmou Maria dos Navegantes. A entidade sindical defende a saúde e a segurança dos trabalhadores no ambiente de trabalho. Nessa linha, a associação trabalha junto à Comissão Intersetorial de Saúde do Trabalho e compõe o Fórum de Proteção à Saúde e Ambientação de Trabalho, este último formado por várias esferas, como o INSS, Ministério Público, representantes dos empregados e dos empregadores. O Sindicato também oferece serviços de assessoria jurídica uma vez por semana e possui convênios para atendimento médico e odontológico.

Uma das barreiras que retardam as conquistas das reivindicações do setor é bastante primária. Dos 30 mil profissionais que atuam no ramo das confecções, apenas 1500 são associados. Essa questão é vista como um problema pela presidente do Sindicato. “É muito complicado lutar em favor destes profissionais, quando o número de associados ainda está muito aquém do que deveria”, afirmou. Um dos motivos para este déficit, segundo Maria, é o medo de represarias por parte de alguns chefes. Para se associar ao sindicato, o profissional deve acessar o site do Sindconfecções: www.sindconfeccoesrn.com.br, ou ir à sede da instituição, localizada na Rua Roberto Kennedy, 145, nas Quintas. A taxa fixa cobrada aos  sócios é de 1,5% do salário base, o que corresponde a cerca de R$ 7,80.
GOVERNO DEVE INVESTIR MAIS EM QUALIFICAÇÃO
    Apesar de ocupar cerca de 90% da categoria dos profissionais da confecção, o crescimento no número de homens tem sido constante. Para Maria dos Navegantes, o setor não é mais tão feminino porque a demanda de vagas é alta e há pouca qualificação profissional no mercado. “É muito difícil encontrar alguém dessa área que seja qualificado e esteja desempregado, mesmo assim a demanda de profissionais não é suficiente para abastecer o mercado. O governo deve investir mais em qualificação”, afirmou.
SINDCONFECÇÕES
    O Sindconfecções é um das entidades sindicais mais antigas e atuantes do Estado do Rio Grande do Norte. Foi fundado em 28 de julho de 2945. A entidade sindical está integrada em duas frentes de luta. A primeira está na participação de fóruns da sociedade civil organizada para humanização das relações trabalhistas, no combate a discriminação e proteção ao ambiente do trabalho. A segunda remete a participação da luta nacional e estadual do conjunto da classe trabalhadoras através de suas entidades representativas a CTB, CNTI e FTI/RN.

Jornal de Hoje
Economia
1º/09/2010
Fonte: Jornal de Hoje

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