A ação foi construída de forma unitária por diversas centrais sindicais, onde os principais alvos foram o repúdio ao Projeto de Lei - PL 4330, às MPs 664 e 665. Diversas categorias profissionais de trabalhadores participaram do ato que reuniu mais de duas mil pessoas e percorreu, em passeata, as principais ruas do centro de Natal.
A terceirização é algo que está cada dia mais presente em nossas vidas. Entretanto ela só é favorável para o empresário. O trabalhador fica exposto a uma jornada de quase um terço a mais e um salário até 30% menor. Além disso, 80% dos acidentes de trabalho ocorrem entre os terceirizados.
O PL 4330 é uma forma de oprimir e explorar a classe trabalhadora para aumentar o lucro. O Congresso já aprovou o PL 4330 que regulamenta esta prática, agora, no Senado, sendo chamado de PLC 30/2015, o projeto continua em tramitação.
Durante o percurso, diversos líderes sindicais também criticaram a Câmara dos Deputados pela aprovação do financiamento privado de campanhas eleitorais, considerado a principal raiz da corrupção no País. Já o Governo federal vem tentando ajustar as contas para pagar a dívida pública. Para isso, ao invés de cobrar de quem tem mais, afinal os bancos tiveram lucros recordes no primeiro trimestre do ano, promovem o arrocho dos trabalhadores, e ataca seus direitos a, por exemplo, seguro-desemprego e pensão por morte.
Outro tema abordado com frequência nas intervenções e alvo de fortes críticas das representações sindicais foi o Projeto de Lei 1411 de autoria do deputado Rogério Marinho (PSDB-RN). A iniciativa, se aprovada, possibilita a criminalização da prática docente, tipificando o crime de “assedio ideológico”. Integrante da Comissão de Educação da Câmara Federal, o deputado potiguar, que votou a favor do Projeto de Terceirização, quer punir os professores ferindo a liberdade de cátedra, prevista na Constituição, certamente, para deixar a formação ideológica dos alunos por conta da mídia hegemônica.
Greve geral – Entre outros objetivos, o Dia Nacional de Paralisações e Manifestações em Defesa dos Direitos Trabalhistas teve a intenção de acumular forças para a realização de uma greve geral da classe trabalhadora brasileira, caso Congresso e Governo insistam em aprovar o PL 4330 e as Medidas Provisórias 664 e 665. Esta a quarta mobilização realizada pelas centrais sindicais, entendo que o próximo passo deve ser ainda mais enfático.
O Dia Nacional de Paralisações e Manifestações foi promovido pela CTB, CUT, CSP-Conlutas, Intersindical, Nova Central e UGT com a participação de federações e sindicatos filiados. Além das entidades sindicais ainda se fizeram presentes, os movimentos sociais, como o Levante Popular da Juventude, CMP, MTST, entre outros.
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