Mulheres têm ato público

O Ministério Público do Trabalho do RN e a Federação das Mulheres do RN realizam no dia 8 de junho, às 15h, no auditório do MPT, ato público em defesa da igualdade de direitos para as mulheres. Com a temática “salário igual para trabalho igual”, o evento marca a luta pela aprovação do PLC 130/2011 que estabelece multa aos empresários, caso seja desrespeitada o princípio constitucional.

A Confederação das Mulheres do Brasil (CMB), sindicatos e centrais sindicais formaram um movimento nacional para reivindicar a aprovação do PLC 130/2011. As entidades estão na campanha “Pelo direito da mulher ao trabalho – salário igual para trabalhos igual” mobilizando as mulheres para esta luta pela dignidade no trabalho, por trabalho igual para salário igual, pelo direito ao trabalho para que as mulheres possam participar da produção em melhores condições e serem mais respeitadas na sociedade.

As federações de mulheres, sindicatos e centrais intensificaram a campanha pela aprovação do PLC ainda neste semestre. A luta tem acolhido importantes adesões como a moção de apoio à aprovação no Senado Federal do Projeto de Lei 130/2011 aprovada pela Assembleia Legislativa do Paraná por iniciativa do Deputado Marcio Pacheco (PPL-PR).

Em meio a conjuntura de retração econômica e alta taxa de desemprego, a participação das mulheres no mercado de trabalho vem – na contramão -  crescendo no Rio Grande do Norte. Dos 130 mil postos de trabalho criados no Estado, entre o início de 2012 e o início de 2015, 90% foram ocupados por elas. Com isso, a proporção de mulheres na população ocupada subiu de 38,1% para 42,1%. Já a taxa de desocupação delas caiu de 14,3% para 11,9%, no mesmo período. Mas nem tudo é motivo de comemoração. A remuneração - embora registre crescimento - continua inferior ao que é pago entre os homens ocupados. Os dados se referem a pessoas com 14 anos ou mais, com empregos formais ou não, levantados pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua),  divulgada pelo IBGE.

O evento tem a participação confirmada da direção do Sindconfecções/RN. Para a presidente do Sindicato, Maria dos Navegantes, é importante a participação das mulheres trabalhadoras neste movimento. “Não podemos mais conviver este discriminação que fere a dignidade e a cidadania de nós, mulheres”, afirmou a representante sindical.