Panfletos, cartões e rosas serão distribuidos entre as mulheres durante o ato
Um dia de luta contra a desigualdade, discriminação e violência. É assim que os movimentos sindicais e sociais do Estado querem marcar o 8 de março, Dia Internacional da Mulher. A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil - CTB/ RN e a Nova Central Sindical de Trabalhadores - NSCT/RN em parceria com diversos sindicatos realizam nesta segunda (8) um ato público em defesa da Mulher trabalhadora. A manifestação prevista para ás 9h30 tem inicio em frente ao Sindicato dos Rodoviários (Sintro) e segue em caminhada até o calçadão da Rua João Pessoa, Cidade Alta.
A diretora do CTB e presidente do Sindicato das Costureiras do Rio Grande do Norte, Maria dos Navegantes, declara que o evento tem dois objetivos: comemorar o aniversário de 35 anos do Dia Internacional da Mulher e promover a igualdade entre homens e mulheres. "Alcançamos tantas conquistas ao longo dos séculos, mas infelizmente, ainda hoje, resquícios de discriminação imperam. Mulheres exercendo a mesma função de homens, como no cargo de engenheira, ganhando menos, por exemplo. Por isso atos públicos como esse servem para nos lembrar a importância da figura feminina e homenagear àquelas que fizeram a diferença na história", afirma fazendo referência ao episódio de 8 de março de 1857 em Nova York, quando trabalhadoras de uma fábrica têxtil, protestaram por melhores condições de trabalho e receberam como resposta a violência dos policiais.
Ela lembra ainda a importância da mulher potiguar nos avanços "por uma sociedade igualitária. Temos Celina Guimarães com o primeiro voto feminino da América Latina, o motim das mulheres em Mossoró, que lutavam para seus filhos e maridos não irem para a guerra. São episódios que fazem a diferença. Hoje nosso Estado é evidenciado por mulheres na esfera política, no executivo estadual, municipal das duas maiores cidades do RN, Natal e Mossoró, e representante no Congresso Nacional", ressalta.
Navegantes afirma ainda que durante o ato dos sindicalistas em comemoração ao dia da mulher, haverá a distribuição de panfletos, cartões e rosas para cada mulher que comparecer. "É um dia especial, para uma figura igualmente especial. O que queremos não é nos tornamos superiores aos homens, mas caminhar juntos, lado a lado, promovendo a igualdade de direitos", enfatiza acrescentando que a expectativa é de que aproximadamente mil pessoas participem do evento.
A diretora da Federação dos Conselhos Comunitários e Entidades Beneficentes Cristina Santos lembra ainda, da potiguar Nísia Floresta, uma das primeiras vozes femininas a lutar, efetivamente, contra a escravidão e por uma educação igualitária. Este ano é comemorado os 200 anos de seu nascimento. A diretora diz que um dos temas a ser discutido durante o ato público e a violência doméstica. "Grande parte da violência que a mulher sofre é dentro de casa por isso na manifestação também temos que dar visibilidade a Lei Maria da Penha", afirma.
Pegando no batente
Pesquisas do IBGE revelam que entre os trabalhadores com nível superior completo, o salário das mulheres equivale a 60% dos rendimentos pagos aos homens na mesma função. Elas recebem cerca de R$ 2,2 mil enquanto os homens R$ 3,8 mil. A proporção se mantém mesmo quando o nível de ensino da mulher é superior ao do homem. O levantamento mostra que 59,9% das mulheres ocupadas estudaram onze anos ou mais, contra 51,9% dos homens trabalhadores.
O Sintro/ RN que também estará com suas trabalhadoras na manifestação tem pela primeira vez em 60 anos de sindicato na vice-liderança uma mulher. "Somos um sindicato e uma classe predominantemente representada por homens, mas a situação tem mudado, hoje temos 4 motoristas mulheres, coisa difícil de se ver até pouco tempo, já vemos uma abertura de mercado", conta Maria da Paz, vice-presidente do Sindicato dos Rodoviários.
Um dia de luta contra a desigualdade, discriminação e violência. É assim que os movimentos sindicais e sociais do Estado querem marcar o 8 de março, Dia Internacional da Mulher. A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil - CTB/ RN e a Nova Central Sindical de Trabalhadores - NSCT/RN em parceria com diversos sindicatos realizam nesta segunda (8) um ato público em defesa da Mulher trabalhadora. A manifestação prevista para ás 9h30 tem inicio em frente ao Sindicato dos Rodoviários (Sintro) e segue em caminhada até o calçadão da Rua João Pessoa, Cidade Alta.
A diretora do CTB e presidente do Sindicato das Costureiras do Rio Grande do Norte, Maria dos Navegantes, declara que o evento tem dois objetivos: comemorar o aniversário de 35 anos do Dia Internacional da Mulher e promover a igualdade entre homens e mulheres. "Alcançamos tantas conquistas ao longo dos séculos, mas infelizmente, ainda hoje, resquícios de discriminação imperam. Mulheres exercendo a mesma função de homens, como no cargo de engenheira, ganhando menos, por exemplo. Por isso atos públicos como esse servem para nos lembrar a importância da figura feminina e homenagear àquelas que fizeram a diferença na história", afirma fazendo referência ao episódio de 8 de março de 1857 em Nova York, quando trabalhadoras de uma fábrica têxtil, protestaram por melhores condições de trabalho e receberam como resposta a violência dos policiais.
Ela lembra ainda a importância da mulher potiguar nos avanços "por uma sociedade igualitária. Temos Celina Guimarães com o primeiro voto feminino da América Latina, o motim das mulheres em Mossoró, que lutavam para seus filhos e maridos não irem para a guerra. São episódios que fazem a diferença. Hoje nosso Estado é evidenciado por mulheres na esfera política, no executivo estadual, municipal das duas maiores cidades do RN, Natal e Mossoró, e representante no Congresso Nacional", ressalta.
Navegantes afirma ainda que durante o ato dos sindicalistas em comemoração ao dia da mulher, haverá a distribuição de panfletos, cartões e rosas para cada mulher que comparecer. "É um dia especial, para uma figura igualmente especial. O que queremos não é nos tornamos superiores aos homens, mas caminhar juntos, lado a lado, promovendo a igualdade de direitos", enfatiza acrescentando que a expectativa é de que aproximadamente mil pessoas participem do evento.
A diretora da Federação dos Conselhos Comunitários e Entidades Beneficentes Cristina Santos lembra ainda, da potiguar Nísia Floresta, uma das primeiras vozes femininas a lutar, efetivamente, contra a escravidão e por uma educação igualitária. Este ano é comemorado os 200 anos de seu nascimento. A diretora diz que um dos temas a ser discutido durante o ato público e a violência doméstica. "Grande parte da violência que a mulher sofre é dentro de casa por isso na manifestação também temos que dar visibilidade a Lei Maria da Penha", afirma.
Pegando no batente
Pesquisas do IBGE revelam que entre os trabalhadores com nível superior completo, o salário das mulheres equivale a 60% dos rendimentos pagos aos homens na mesma função. Elas recebem cerca de R$ 2,2 mil enquanto os homens R$ 3,8 mil. A proporção se mantém mesmo quando o nível de ensino da mulher é superior ao do homem. O levantamento mostra que 59,9% das mulheres ocupadas estudaram onze anos ou mais, contra 51,9% dos homens trabalhadores.
O Sintro/ RN que também estará com suas trabalhadoras na manifestação tem pela primeira vez em 60 anos de sindicato na vice-liderança uma mulher. "Somos um sindicato e uma classe predominantemente representada por homens, mas a situação tem mudado, hoje temos 4 motoristas mulheres, coisa difícil de se ver até pouco tempo, já vemos uma abertura de mercado", conta Maria da Paz, vice-presidente do Sindicato dos Rodoviários.
Fonte: Correio da Tarde
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